Endodontia – desmistificando as “desvitalizações”
A Endodontia é a área da Medicina Dentária que realiza as chamadas commumente de “desvitalizações”. No entanto, a área é muito mais do que isso. Podemos dividir em 5 os diferentes casos que a Endodontia se ocupa (seja em dentes permanentes como decíduos ou de leite): dor inflamatória do complexo pulpar (“nervo”) chamada pulpite; dor inflamatória e infecciosa chamada necrose (associada a abcesso muitas vezes); dor dentária em dente previamente “desvitalizado” (80% das vezes por tratamento prévio insatisfatório ou re-infecção por restauração deficiente; 20% das vezes por fractura dentária); micro-cirurgia endodôntica que resolve os casos que não sejam possíveis por via dentária, mas que mereçam uma abordagem ligeiramente mais invasiva; tratamentos vitais (manutenção da vitalidade em dentes muito agredidos, tratamentos de dentes que ainda não tenham as raizes totalmente formadas) e a traumatologia dentária e todos os tratamentos necessários após o acidente.
Os tratamentos são sempre iguais?
Todos os dentes são diferentes entre si, podendo conter entre 1 a 5 ou mais “nervos”. Desta forma, um tratamento endodôntico é sempre diferente em termos de complexidade. Para além disso, o tipo de tratamento indicado pode ser mais ou menos complexo de executar.
Quantas sessões são necessárias para fazer um tratamento endodôntico?
Dependendo do tipo de tratamento, entre uma e duas consultas na maioria dos casos. Em casos mais complexos de controlo de infecção ou com interferências ao tratamento, consultas intermédias poderão ser necessárias.
Quanto tempo demora a realizar um tratamento endodôntico?
Dependendo do diagnóstico e complexidade do tratamento, poderá demorar desde 45 a 90 minutos (numa única sessão), ou 2 ou mais sessões de até uma hora.
É um tratamento doloroso?
Todas as sessões são realizadas com anestesia local. Quando existe dor prévia ao tratamento, várias técnicas anestésicas poderão ter de ser utilizadas, causando algum desconforto até obter total analgesia (total ausência de dor). Após finalizado o tratamento, é possível a existência de desconforto por um período de 3 a 5 dias, controlável com medicação em SOS. Em cerca de 10% dos casos, poderá existir dor mais intensa, edema (inchaço) ou abcesso agudo, que requerem intervenção do Endodontista.
Um dente “desvitalizado” pode doer?
Sim. Um dos possíveis factores será uma fractura radicular que mediante o tipo pode levar à necessidade de extracção do dente. Na maioria dos casos, deve-se a tratamento prévio insatisfatório ou a recontaminação através de má adaptação da restauração do dente. Mesmo utilizando os maiores padrões de qualidade, o sucesso do tratamento em dentes sem infecção atinge os 95%, com infecção os 85% e os retratamentos os 80%.
Como se sabe que o tratamento foi um sucesso?
O primeiro factor é não doer e permitir a função do dente sem desconforto. No entanto, só através de uma radiografia de controlo é que o Médico Dentista consegue avaliar se o tratamento está a ser bem sucedido. Em casos de infecção com perda óssea considerável, o novo crescimento ósseo poderá levar entre 6 meses a 3 anos a ser terminado.
Um dente “desvitalizado” é mais frágil? Posso aumentar a sua resistência?
Na sua essência sim, a perda de vitalidade torna os dentes mais propensos a fracturas. No entanto, quanto mais estrutura saudável puder ser mantida, menor o risco de fractura. Quando muito tecido dentário está perdido, uma reconstrução de laboratório está aconselhada para diminuir a probabilidade de perda do dente.
Como é realizado um tratamento endodôntico por um Endodontista?
Primeiro é efectuado um diagnóstico correcto do problema, podendo ser necessário o recurso a um exame imagiológico a 3D (CBCT/Dentascan). Toda a inspecção do dente (bem como o procedimento) é efectuada com um microscópio que permite ampliar até 22 vezes. É colocado um isolamento absoluto no dente (material que impede que haja contaminação do dente com saliva e saída de desinfectantes e instrumentos para a boca) e é eliminado todo o tecido dentário cariado ou feita uma cavidade de acesso mínima que preserve o máximo de tecido dentário saudável. A utilização de motores ultrassónicos, de motores de instrumentos rotatórios, do localizador electrónico do ápice (permite saber onde acaba o dente duma forma fidedigna), de motores de aquecimento de material de selagem, de sequência de desinfectantes entre outros materiais específicos, é imprescindível para atingir os níveis padrão actuais. Nos casos de micro-cirurgia, todo o procedimento é feito com técnicas específicas para tornar as cicatrizes imperceptíveis ao máximo.
ENDODONTISTA
Médico Dentista O.M.D. – 7029
Pós-Graduado em Endodontia Clínica Internacional
Membro da Sociedade Portuguesa de Endodontologia
Prática exclusiva em Endodontia, Cirurgia e Reabilitação
Criada em 1981 a Policlinica do Sátão mudou-se para novas instalações no ano de 2009, altura em que num espaço à parte na Policlinica se instalou a Medicina Dentária.
Fale connosco para marcar uma consulta.
Se preferir fale connosco pelo Whatsapp.