A remoção cirúrgica dos dentes do siso, em particular do siso mandibular, é uma das cirurgias mais comuns realizadas na cirurgia oral e maxilo-facial. A indicação mais comum para sua extração passa pela inflamação que a sua erupção induz nos tecidos circundantes (gengiva e osso), dependendo do local onde se encontra (se incluso, semi-incluso ou erupcionado). Existem outras indicações, tais como a presença de uma cárie não restaurável, patologia pulpal e periapical, fratura do dente, reabsorção radicular, lesões quísticas de desenvolvimento, indicação ortodôntica, pericoronarite, entre outras. A dificuldade de erupção dos dentes do siso decorre da falta de espaço, obstrução ou posição anormal.
A sua extração, dependendo da posição do terceiro molar (em relação ao osso mandibular e ao próprio dente em si), pode originar dor, o inchaço e trismus pós-operatório (dificuldade em abrir a boca), entre outros. Tal como todas as intervenções cirúrgicas, este acarreta risco de complicações, que podem passar por infecção, incluindo alveolite seca, lesões do nervo trigémio e, muito raramente, fratura da mandíbula. É comum a prescrição de antibióticos neste tipo de situação de forma a prevenir possíveis complicações.
Poderão ser requisitados exames complementares de diagnósticos tais como a ortopantomografia ou uma TAC (Tomografia Axial-Computorizada), ou mais especificamente um CBCT (TAC específica da zona maxilo-facial).
Muita das vezes, o seu Médico Dentista poderá aconselhar à sua remoção profilática, ou seja, antes de dar qualquer tipo de problema, de forma a evitar posteriores danos induzidos pela sua erupção e permitir a sua extração sem problemas de maior.
A extração do dente do siso deve ser encarada com naturalidade uma vez que, numa grande parte dos casos, este encontra-se erupcionado na cavidade oral e a sua remoção assemelha-se à dos outros molares, tendo sempre em conta a singularidade e características de cada dente.